Na tarde desta quarta-feira 23/03, o prefeito José Augusto Gonçalves, se reuniu com o secretário de defesa civil, Itamar Vianna, para traçar metas de trabalhos, no combate a proliferação dos caramujos africanos, que se alastram por todo o bairro de P...

Na tarde desta quarta-feira 23/03, o prefeito José Augusto Gonçalves, se reuniu com o secretário de defesa civil, Itamar Vianna, para traçar metas de trabalhos, no combate a proliferação dos caramujos africanos, que se alastram por todo o bairro de Pouso Alegre em São José do Vale do Rio Preto.

Equipes da Defesa Civil, Vigilância Sanitária e Meio Ambiente, estiveram na comunidade em busca de informações sobre os caramujos. Moradores do local, disseram que os moluscos aparecem de manhã e ao anoitecer, atacam as lavouras e sujam os quintais. Fato que leva perigo aos moradores, já que os caramujos transmitem doenças.

O quintal de uma moradora do local foi vasculhado, e as equipes recolheram centenas de moluscos, a moradora disse que todos os dias, recolhe vários baldes de caramujos vivos. Outro morador disse que os moluscos estão se espalhando por toda a comunidade, de manhã as ruas ficam cheias. Uma senhora disse que não deixa a filha brincar no quintal de sua casa, com medo dos caramujos.

O vereador Luís Pantanal, representante da comunidade, acompanhou as equipes no local. Ficou confirmado para a próxima segunda-feira 28/03, um mutirão na comunidade, onde será feito a colheita dos moluscos, após serão exterminados e encaminhados para um local apropriado.

Abaixo, alguns relatos envolvendo casos desses moluscos no Brasil:

A Escola Estadual Genésio Boa sorte, que fica próxima ao Ribeirão São Domingos de Santa Margarida em Minas gerais, estava sofrendo com uma grande quantidade de caramujos africanos — que transmite diversas doenças para o homem. Mesmo sempre recolhendo e enterrando os moluscos com cal (como é aconselhado), eles apareciam novamente. Foi então que um professor descobriu a solução: patos.

Após a vinda de um casal de patos para o pátio da escola, os moluscos desapareceram.

Na verdade, descobriu-se que os caramujos fazem parte da cadeia alimentar dos patos. O professor conta que os patos comem uma porção grande de caramujos. Ele percebeu o fato pela quantidade de cascas dos moluscos que aparecem. É o próprio professor quem recolhe as cascas vazias, utilizando uma lata presa a um cabo de vassoura para não ter contato. Depois de colocar tudo em um saco plástico, as cascas são enterradas com cal virgem.

O biólogo e especialista em entomologia urbana, Sérgio Bocalini, vice-presidente executivo da Associação dos Controladores e Vetores de Pragas Urbanas (APRAG), dá 8 dicas de como evitar o contato com esta espécie de molusco, que virou praga no país:

1. Nunca comer os moluscos capturados, tampouco criá-los. 2. Para capturá-los, utilize luvas ou sacos plásticos para proteger as mãos.3. A melhor ocasião para capturar os moluscos é no crepúsculo e/ou dias nublados e chuvosos, pois é quando saem de seus abrigos em maior número.4. Para destruí-los, coloque os moluscos encontrados em um balde com água e bastante sal de cozinha (NaCl), até que parem de se mexer. Depois, quebrar as conchas para que a água da chuva não fique nelas e depois enterrar ou por no lixo.

5. Os ovos dos moluscos, pequenos e de cor clara e duros, devem ser destruídos por fervura em água antes de colocá-los no lixo.6. Não só os caramujos gigantes podem representar riscos, então evite manusear outras espécies de moluscos como lesmas e caracóis de jardim, pois podem ser também hospedeiros de Angiostrongilíase, principalmente em ambientes com presença de roedores.7. Antes de consumir hortaliças, lavar cuidadosamente e desinfetar com solução clorada todas as folhosas que serão consumidas cruas.8. Evitar lixo em quintais, jardins e terrenos.

E não se esqueça: após eliminar os caramujos, faça a cata das conchas desses animais, utilizando luvas ou sacos plásticos nas mãos, pois, estas conchas acumulam água e podem servir de criadouros para os mosquitos da Dengue.

Caso tenha contato com esses animais procure uma unidade de saúde mais próxima ou a Vigilância Sanitária Ambiental.

Data de publicação: 29/03/2016

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