Bandeira de São José do Vale do Rio Preto
 
 

Antecedentes Históricos 
                          A povoação dos Sertões do Rio Preto se deve em princípio às proximidades com os caminhos para as Minas Gerais e com o mercado consumidor da então Capital, Cidade do Rio de Janeiro. Estávamos situados entre estes dois pólos de desenvolvimento.  Muitas de nossas estradas foram vias de escoamento da produção das fazendas originárias das antigas sesmarias distribuídas na região que remetiam os seus produtos para o Rio de Janeiro ou para as Minas Gerais. Algumas estradas serviam como desvios para os carregamentos de ouro que não queriam passar pelos Registros.
                        Com a queda da mineração, aumentou o número de sesmarias doadas na região. D. João VI distribuiu sesmarias e incentivou o plantio de café que veio a se constituir na nova riqueza nacional. Na Província do Rio de Janeiro, a cultura do café produziu os seus primeiros efeitos com a criação das grandes fazendas e o surgimento dos Barões do Café. Em São José, podemos citar como exemplos dessa nobreza latifundiária os Barões de Águas Claras e de Bemposta. A Fazenda de Águas Claras teve a honra de hospedar D. Pedro II e seus familiares.                 
 
À Cafeicultura deve São José a construção das grandes sedes de fazendas, tais como as das Fazendas do Calçado Grande, Nossa Senhora do Belém, Sossego e Águas Claras. A lavoura do café aumentou, consideravelmente, o emprego da mão-de-obra escrava, o que resultou em toda a Província na presença maciça do elemento negro que tanto contribuiu, com seu trabalho, para a efetivação de um novo ciclo de desenvolvimento implantado no Vale do Paraíba.
                        Os primeiros povoados da região do Rio Preto foram constituídos pelas famílias mineiras que atravessavam o Paraíba em busca de novas terras para a agricultura, depois da queda da atividade de mineração. Também vieram os plantadores de café, trazendo a experiência do plantio realizado em outras regiões da Província. Completaria este quadro a presença de colonos portugueses e, a seguir, de italianos.
                        O ciclo do café começou a desmoronar-se com o esgotamento do solo, a libertação dos escravos e a queda internacional do preço do produto,  de 1888 a 1929.
                        A crise que se seguiu à derrocada do café fez com que a região do Rio Preto, a exemplo de outras, sofresse um período de retrocesso econômico. Casas comerciais se fecharam, o que afetou diretamente o crédito agrícola, os trilhos da via férrea foram retirados, as grandes fazendas foram despovoadas e a política dominante dos proprietários de terras entrou em declínio.  Muitas famílias venderam os seus bens e foram para outras regiões.
                       Um novo ciclo econômico foi paulatinamente se instalando em São José do Rio Preto, através da  avicultura que trouxe de volta o desenvolvimento e representou, a princípio, um fator econômico altamente socializante, pois as famílias com o manejo fácil de 3 ou 4 galinheiros, podiam ganhar o seu sustento, com a participação da mulher e dos filhos e ainda deixando livre o chefe da família para exercer outra atividade paralela.
                       O ciclo da avicultura harmonizou-se com a agricultura, com o fornecimento de adubo para a lavoura. A olericultura tomou grande vulto na economia riopretana.
                       De 1950 a 1960, no auge da avicultura, São José do  Rio Preto foi considerado o maior centro avícola da América do Sul.
                       Começaram, nesta época, a surgir novos loteamentos, comércios, colégios, hospital, etc, trazendo o crescimento e progresso a São José do Rio Preto.
                       De acordo com registros históricos São José do Vale do Rio Preto teve as seguintes denominações:

Povoado de São José da Serra Acima -  1813;

Freguesia de São José da Serra – 1823;

Freguesia de São José do Rio Preto – 1825;

Paranaúna – 1944;

São José do Rio Preto – 1947;

São José do Vale do Rio Preto – 1987.

                       Como era de se esperar, este imenso território da Freguesia de São José do Rio Preto que já era um desmembramento da antiga Freguesia de Inhomirin, sofreu vários desmembramentos no decurso da História da Província Fluminense. Dela foram desmembradas a Freguesia de Cebolas e o Curato de Matosinho, em 1839, a Freguesia de Nossa Senhora Aparecida, em 1842, a Freguesia de São Pedro de Alcântara, em 1846 (origem do Município de Petrópolis) e finalmente, a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Bemposta, em 1855.
                       A futura cidade de Petrópolis, bem como a área que formou o seu município na bacia do Piabanha, constituíam  um simples Curato daquela freguesia e obedeciam administrativamente às autoridades de São José do Rio Preto.
                       O decreto de 15 de janeiro de 1833,  deu à povoação de Paraíba do Sul o predicamento de vila, compreendendo São José do Rio Preto, com sua paróquia e sua administração policial e judiciária como parte do novo município.
                       Com a efetivação da lei nº 961, de 29 de setembro de 1857, foi  conferida à Colônia de Petrópolis os foros de Cidade. Porém, não  lhe coube o território de São José do Rio Preto, a fértil bacio do Rio Preto conservou-se dependente da administração de Paraíba do Sul.
                       O Decreto nº 01, de 08 de maio e nº 01A, de 03 de junho de 1892, incorporou a Freguesia de São José do Rio Preto a Petrópolis como seu 5º Distrito.
                       Sob a administração de Petrópolis, São José do Rio Preto sofreu amputações territoriais.
                       São José do Rio Preto conseguiu sua emancipação e surgiu o Município de São José do Vale do Rio Preto.

Atualizado em 20/01/2019

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